sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Posição da Igreja Adventista Sobre a Homossexualidade


Este artigo reflete a posição oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre a Homossexualidade. Pr. Oberdan Rocha




A Posição da Igreja Adventista Sobre a Homossexualidade


Publicado em 07/03/2008 por Blog Sétimo Dia

A Igreja Adventista reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus. Por isso, buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o apoio da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.

Os adventistas creem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na criação. As Escrituras declaram: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gên. 2:24). Esse padrão heterossexual é confirmado em todas as Escrituras.

A Bíblia não faz ajustes para incluir atividades ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo do casamento heterossexual estão proibidos (Lev. 20:7-21; Rom. 1:24- 27; 1 Cor. 6:9-11).

Jesus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando disse: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mat. 19:4-6). Por esse motivo, os adventistas opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.

Os adventistas empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e famílias que sofriam a consequência do pecado. Desenvolveu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades. Mas fez distinção entre Seu amor pelos pecadores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.

Esta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999, durante o Concílio Anual da Comissão Executiva da Associação Geral realizado em Silver Spring, Maryland.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A Modéstia Cristã e o Cumprimento da Lei




Este artigo foi publicado originalmente pelo site www.mulheradventista.com. Com muito equilíbrio e propriedade o autor relaciona a modéstia cristã com o cumprimento da lei. O artigo está fundamentado na Bíblia e no Espirito de Profecia, e sua leitura resultará em crescimento espiritual para todos os servos de Deus, especialmente as mulheres. Pr. Oberdan Rocha


Já falamos aqui, por diversas vezes, sobre modéstia cristã. De igual modo, falamos muito, também, sobre o cumprimento da lei. Hoje, convido você a uma reflexão um pouco mais profunda sobre a relação que existe entre a modéstia cristã e o cumprimento da lei.

Para iniciarmos essa reflexão, pergunto: o que significa cumprir a lei de Deus?

O apóstolo Paulo nos responde essa pergunta de forma direta – “Porque toda lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Gálatas 5:14
Então temos uma nova questão: Qual a relação entre modéstia cristã e amor ao próximo (cumprimento da lei)?

1. O princípio da modéstia cristã no ensina a abstermo-nos de gastar dinheiro com adornos desnecessários. No professo mundo cristão gasta-se com jóias e vestidos desnecessariamente caros o que seria suficiente para alimentar todos os famintos e vestir todos os nus. A moda e a ostentação absorvem os meios que poderiam confortar os pobres e sofredores. Roubam ao mundo o evangelho do amor do Salvador. …” Mensagem aos Jovens, p. 351. Os recursos financeiros que Deus nos confiou devem ser usados para a manutenção da Sua obra nessa terra e salvação de almas. Às vezes, os cristãos preocupam-se mais em comprar roupas e adornos do que em alimentar e vestir os necessitados. Não medem esforços em gastar com adornos desnecessários e supérfulos, mas não têm a mesma disposição em ajudar aqueles que estão sedentos por auxílio material e espiritual. Desviam os recursos divinos para alimentarem sua vaidade e ostentação e negligenciam a missão, destinando ao próximo o que sobra, quando sobra.

2. O princípio da modéstia cristã nos ensina a usarmos um “adorno espiritual”. “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” I Pedro 3:3-4. O “adorno espiritual”, o incorruptível traje de um espírito manso e quieto, é demonstrado na forma de tratarmos as pessoas. “A lição se aplica aos crentes em todas as eras. “Pelos seus frutos os conhecereis.” Mat. 7:20. O adorno interior de um espírito manso e quieto é inestimável. Na vida do verdadeiro cristão o adorno externo está sempre em harmonia com a paz e a santidade internas. “Se alguém quiser vir após Mim”, disse Jesus, “renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me.” Mat. 16:24. O sacrifício e a negação do eu assinalarão a vida do cristão. E a evidência de que o gosto está mudado será vista no vestuário de todo aquele que anda na vereda aberta para os redimidos do Senhor.” Atos dos Apóstolos, p. 523. Por mais que pareça estranho, um coração abnegado, um caráter manso e humilde, um cristão que vive para servir (a Deus e ao próximo) reflete esse adorno interior na abstinência do adorno exterior, na simplicidade do vestir. Um coração vaidoso tem muito pouco espaço para abnegação e serviço desinteressado em prol do próximo.

3. O princípio da modéstia cristã nos ensina a vivermos como canais de bençãos e não pedras de tropeço ou motivo de escândalo. “Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.” Romanos 14:13. “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.” Mateus 18:6. “Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.” I Coríntios 8:13. Esses versos mostram um pouco da seriedade com que Deus trata o testemunho que damos aos que nos cercam. Não devemos escandalizar nossos irmãos com nossas práticas. Apesar da salvação ser individual, devemos cuidar em não sermos pedras de tropeço para aqueles que desejam seguir a Deus. Muitas vezes, o princípio da modéstia cristã é tratado como “nada a ver”, “não é ponto de salvação”, e, a partir desses equivocados pensamentos, o testemunho do verdadeiro cristianismo fica prejudicado. Leia com atenção o relato a seguir de Ellen White:

“Uma irmã que passara algumas semanas em uma de nossas instituições em ______, disse que ficou muito desapontada com o que vira e ouvira ali. … Antes de aceitar a verdade, seguira as modas do mundo na sua maneira de trajar-se, e usara jóias de valor e outros ornamentos; mas ao decidir obedecer à Palavra de Deus, notou que seus ensinos exigiam dela o abandono de todo adorno extravagante e supérfluo. Foi ensinada que os adventistas do sétimo dia não usam jóias, ouro, prata ou pedras preciosas, e não seguem, no vestuário, as modas mundanas. Ao ver entre os que professam a fé um tão grande afastamento da simplicidade bíblica, sentiu-se perplexa. Não possuíam eles a mesma Bíblia que ela estivera estudando, e com a qual ela se empenhara por conformar a vida? Fora a sua experiência passada um mero fanatismo? Interpretara mal as palavras do apóstolo: “A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Tia. 4:4.

A Sra. D, que exerce uma função na instituição, estava certo dia de visita no quarto da irmã _______, quando esta tirou de sua mala um colar e corrente de ouro, e disse que queria vender essa jóia e entregar o produto à tesouraria do Senhor. Disse a outra: “Por que o vende? Eu o usaria, se fosse meu.” “Ora!” respondeu a irmã ______, “quando eu aceitei a verdade, foi-me ensinado que devemos abandonar todas estas coisas. Sem dúvida elas são contrárias aos ensinos da Palavra de Deus.” E citou a sua compreensão das palavras dos apóstolos Paulo e Pedro, sobre esse ponto: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” I Tim. 2:9 e 10. “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto.” I Ped. 3:3 e 4.

Como resposta, a senhora mostrou um anel de ouro que tinha no dedo, que lhe fora presenteado por um incrédulo, e disse pensar que nenhum mal haveria em usar tais ornamentos. “Não somos tão estritos como antes”, disse. “Nosso povo tem sido escrupuloso demais no tocante ao assunto do vestuário. As senhoras desta instituição usam relógios de ouro e correntes de ouro, e vestem-se como as outras pessoas. Não é bom procedimento o ser singular quanto ao nosso vestuário; pois não podemos exercer muita influência.”

Perguntamos: Está isso em conformidade com os ensinos de Cristo? Temos nós de seguir a Palavra de Deus, ou os costumes do mundo? Nossa irmã decidiu que o mais seguro era seguir a norma bíblica. Gostarão a irmã D e outras que procedem de maneira idêntica, de enfrentar o resultado de sua influência, naquele dia em que todo homem receberá segundo as suas obras?

A Palavra de Deus é clara. Seus ensinos não podem ser confundidos. Obedecer-lhe-emos, tal como Ele no-la deu, ou buscaremos desviar-nos o máximo possível e não obstante ser salvos? Oxalá todos quantos estão vinculados às nossas instituições recebam a luz divina e sigam-na, habilitando-se, assim, para transmitir luz aos que andam em trevas.

A conformidade com o mundo é um pecado que está minando a espiritualidade de nosso povo, e seriamente prejudicando a sua utilidade. Inútil é proclamar ao mundo a mensagem de advertência, enquanto a negamos nas realizações da vida diária. Review and Herald, 28 de março de 1882.” Evangelismo, p. 270-272. (grifo nosso)

Seguir o princípio da modéstia cristã está intimamente relacionado ao cumprimento da lei que se reume em amar ao próximo como a mim mesmo. Seguindo o princípio da modéstia cristã, o coração do cristão é muito mais disposto a empregar recursos materiais em prol do próximo, a praticar o verdadeiro amor (pois seu adorno está num caráter que reflete o amor de Jesus) e a testemunhar do verdadeiro evangelho – um evangelho que salva, transforma e exige abnegação.

Maquiagem, jóias, esse ou aquele tipo de roupa… se ainda pensamos sobre essas coisas como “nada a ver” ou “não é ponto de salvação”, precisamos urgentemente repensar nosso cristianismo. Estamos aqui neste mundo com um propósito nobre. Fomos chamados para sermos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9). Nossa vida não nos pertence. Foi comprada por alto preço! Não podemos usar algo única e exclusivamente porque agrada nosso coração vaidoso. Tudo em nós deve refletir o cristianismo que professamos. O mundo precisa conhecer o Deus que conhecemos. Jesus foi modesto, humilde e despretencioso. Nosso adorno deve ser o caráter de nosso Salvador! Somente assim, refletindo o Mestre em Seu abnegado caráter, poderemos amar aos que nos cercam e cumprir a Sua lei.

Que Deus nos abençoe e nos transforme!!!

Fonte: http://mulheradventista.com/a-modestia-crista-e-o-cumprimento-da-lei/

domingo, 26 de agosto de 2012

O Cristão e o Uso de Jóias


Ozeias Caldas Moura
Por que os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia não devem usar jóias?


Para início da discussão, deveria se perguntar: Por que alguém usa jóias? Qual é a finalidade básica de uma jóia?

Quem usa jóias pode alegar que o faz porque se sente bem, porque acredita que elas valorizam alguma parte do corpo, porque quase todo mundo usa, etc, etc. Sem desconhecer as razões mencionadas, o certo é que seriam duas as verdadeiras razões para o uso de jóias: (1) chamar a atenção (quem usa uma jóia não a mantém escondida sob a roupa), e (2) ostentação.

Chamar a atenção para si contraria o princípio bíblico de 1 Coríntios 10:31: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Esse verso paulino indica que tudo aquilo que faço deve atrair a atenção dos outros, não para a minha pessoa ou alguma parte dela, mas para Cristo. Atrair atenção para si pode ser caracterizado como pecado de idolatria. E há pessoas que preferem incorrer nesse pecado a deixar de usar suas jóias.

Por sua vez, a ostentação, que consiste em mostrar riqueza ou status, tem que ver com o pecado do orgulho, com a exaltação do eu. Note que foi esse pecado que tirou Lúcifer do Céu (ver Is 14:12-14). É dito de Lúcifer (simbolizado pelo rei de Tiro) que “no brilho das pedras andavas” (Ez 28:14. Veja a descrição completa das pedras mencionadas como adornando Lúcifer no verso 13). Essa atitude de ostentação, de mostrar riqueza, status, poderio, está em flagrante contraste com a atitude demonstrada por Cristo, que, “sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Co 8:9). E sendo Deus, “a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, [...] a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte e morte de cruz” (Fp 2:7-8).

E o que dizer do uso de jóias nos tempos do Antigo Testamento? Pode-se responder a essa pergunta com outra: O que dizer da escravidão, poligamia, guerra contra os inimigos, bebidas fermentadas, toleradas por Deus durante o mesmo período? Tudo isso foi praticado pelo povo de Deus do Antigo Testamento, “mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv4:18). Gradualmente, Deus foi admoestando contra essas práticas, e, nos tempos do Novo Testamento, elas foram condenadas (ver a condenação do uso de jóias, em I Timóteo 2:9,10 e 1 Pedro 3:3, 4; da escravidão, em 1 Coríntios 7:21,23; Filemom 16; da poligamia, em 1 Coríntios 7:1; e das bebidas fermentadas ou embriagantes, em Efésios 5:18; 1 Coríntios 6:10).

Na Bíblia, o uso de jóias, nem sempre, mas freqüentemente, está associado a pessoas ou povos de má conduta, de moral reprovável. É o caso da ímpia rainha jezabel (2Rs 9:30), da apostatada Judá (Jr 4:30); das duas meretrizes, mencionadas no capítulo 23 de Ezequiel (ver o verso 40); da grande meretriz, mencionada por João em Apocalipse 17 (ver o verso 4). Será que foi por isso que Jacó, ao promover uma reforma religiosa em sua família, mandou que as jóias fossem tiradas e escondidas debaixo de uma árvore? (ver Gn 35:2-4).

Em contraste com o desejo de chamar a atenção e o espírito de ostentação, as “santas mulheres” da Bíblia procuraram a beleza do caráter (IPe 3:3-5), e a que é demonstrada pela beleza das boas obras ( 1 Tm 2:9,10). E hoje não deve ser diferente.

Em conclusão, leiamos o conselho divino através do seguinte texto de Ellen White:

“Pedro dá valiosas instruções quanto ao vestuário das mulheres cristãs: ‘O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus’ (I Pe 3:3-5). Tudo quanto insistentemente vos recomendamos é o cumprimento das recomendações da Palavra de Deus. Somos nós leitores da Bíblia e seguidores de seus ensinos? Obedeceremos a Deus, ou nos conformaremos com os costumes do mundo? Serviremos a Deus ou a Mamom? Podemos nós esperar fruir paz de espírito e a aprovação de Deus, ao passo que andamos diretamente em contrário aos ensinos de Sua Palavra?” (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 598).

Publicado em 15/11/2011 por Blog Sétimo Dia



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Dualidade Divina para a Música e Adoração


Adrian Theodor

Inicio minhas considerações com uma pergunta: Qual a função da música dentro da igreja? Adoração? Culto a Deus? Entretenimento? Elemento para passar o tempo entre os anúncios e o culto?
Responder a essas inquietações, na minha modesta opinião, parece ser central quando o assunto é música na igreja! Se a música for para a adoração e culto ao Altíssimo, deve possuir elementos para tal função. Se a música serve para entretenimento e simples fruição do tempo, os elementos são, obviamente, completamente diversos. Para o primeiro uso, a música seguirá princípios revelados nas Escrituras e no Espírito de Profecia[1] ; buscando ao máximo os desígnios de Deus para a elevação espiritual dos participantes e ouvintes. Já, para o segundo uso, o do entretenimento, será orientada pela vontade do homem e seus desejos momentâneos.
Estabeleci, nestes primeiros parágrafos, uma dicotomia. Partindo do princípio de que a música tem várias (ou simplesmente duas) possibilidades de utilização, pode-se determinar qual desses usos é o apropriado para o recinto sagrado. Se apontarmos um desses tipos como o adequado para o templo, mas nos utilizarmos de qualquer outro, a dicotomia se transforma em paradoxo, e é justamente esse o cuidado a ser tomado.
Essa dualidade não foi inventada por mim, ao acaso, mas foi apresentada pelo próprio Deus, no livro de Gênesis, ao registrar, para nossa edificação, a história de dois irmãos: Caim e Abel[2] . Nós já conhecemos a história desses irmãos (Gênesis 4:3-5). Deus pede uma oferta, um deles oferece exatamente o pedido do Criador, o outro, seguindo seu próprio coração, oferece oferta indigna. Ele ofereceu seu melhor! Seu melhor dom e sua melhor safra, todavia não atendeu aos desígnios de Jeová!
Está aí, mais uma vez, o ponto central sobre a música em solo sagrado! Devemos, contrariando o hedonismo, o humanismo, os individualismos, os "ismos" contemporâneos, oferecer a Deus um culto digno! Seja através da pregação, seja em oração, seja durante a nossa comunhão, ou seja pela música, tudo, TUDO, deve ser oferecido ao Senhor como foi o sacrifício de Abel!
É possível perceber, por esta linha de pensamento, que a base desta questão não é técnica, do ponto de vista musical. Antes de tudo, é uma questão teológica que envolve nosso conceito da divindade, do próprio Deus. Mais do que isso. Notamos que o ato da adoração em si não é erigido por regras (ou pelo simplório "certo X errado"), porém sim composto de princípios, como será posto a seguir.
"Mas - o leitor desatento poderia me interromper - a bíblia não me apresenta nada sobre ritmo, notas musicais, melodias, ou som adequados!" Sim, é fato! Contudo isto não quer dizer que somos deixados sem uma direção neste sentido, pois a Bíblia nos dá princípios claros sobre nossa relação com Deus! Gostaria de citar alguns textos bíblicos os quais podem deixar uma luz sobre esse ponto:
Filipenses 4:8 "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai."
I Coríntios 10:31 "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus."
II Coríntios 6:14-18 "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."
I João 2.15 "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele."
I João 2:5-6 "mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou."
Mateus 15:8 "Este povo honra-me com os lábios; e o seu coração, porém, está longe de mim"
I Coríntios 3:16-17 "Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá;"
I Coríntios 6:19-20 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo."
Provérbios 4:23 "Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida."
Mateus 15:18-20 "Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos, isso não o contamina."
I Pedro 1:14-16 "Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo."
Levítico 20:26 "E sereis para mim santos; porque eu, o Senhor, sou Santo, e vos separei dos povos, para serdes meus."
Tiago 4:4 "Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus."
Romanos 14:23 "Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado."
Devo ressaltar, ainda, que o prazer não pode ser excluído da adoração. Para cumprir sua função planejada, o canto deve expressar gozo, alegria, e ação de graças: "Cantai ao Senhor com ações de graças" (Salmos 147:7). "Eu também te louvo com a lira, celebro a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei salmos na harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios exultarão quando eu te salmodiar; também exultará a minha alma, que remiste" (Salmos 71:22-23). Mas este prazer, sem sombra de dúvida, é muito diferente dos prazeres mundanos incitados pelas músicas de entretenimento.
Concluo o raciocínio com outra pergunta: "Como deve ser a música na igreja?". Deve ser na medida, se não exata, o mais próxima possível daquilo que adora a Deus com dignidade! Uma música capaz de nos emocionar racionalmente (conforme Romanos 12:1 e 2). Uma música com o devido equilíbrio entre os elementos melódicos, harmônicos e rítmicos; de forma que a melodia (aquela que conduz a palavra) seja dominante. Uma música com melodia capaz de envolver o ouvinte, não emocionalmente, mas de forma a faze-lo pensar no amor infinito de Deus (melodia que consiga iniciar um processo de "novidade de vida", de transformação duradoura, uma semente em solo fértil)! Com ritmo que propicie adoração e não a pura cadência dos corpos. Com volume que ocasione paz e tranqüilidade, ao invés de algo que nos ensurdeça e nos irrite os ouvidos e o corpo. Não podemos nos esquecer que nossos corpos são o 'templo do Espírito Santo' (I Coríntios 6:19). Certamente esse texto se aplica também a esse ponto: devemos ser bons mordomos de nossos tímpanos, também.
Um grande abraço em Cristo!
Notas:
[1] Os Adventistas do Sétimo Dia consideram como "Espírito de Profecia" os escritos deixados por Ellen G. White. Podemos dizer que se faz uma alusão a Apocalipse 19:10: "Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia".
[2] Ao apresentar esse exemplo sigo um caminho já trilhado por Flávio Garcia, em uma palestra por ele ministrada à Associação Coral Adventista de São Paulo (ACASP).
Fonte: Artigo publicado originalmente em http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/forma/dualidade_divina.htm

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Princípios que Orienta o Cristão com Relação a Música


A música com a qual o cristão se deleita deve ser regida pelos seguintes princípios:

1. Toda música que se ouve, toca ou compõe, quer seja sacra ou secular,
deve glorificar a Deus. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (I Cor. 10:31.) Este é o princípio bíblico fundamental. Tudo o que não atende a esse elevado padrão, enfraquecerá nossa experiência com Ele.

2. Toda música que o cristão ouve, toca ou compõe, quer seja sacra ou secular, deve ser a mais nobre e melhor. "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filip. 4:8.) Como seguidores de Jesus Cristo, que aguardam e esperam unir-se ao coro celestial, vemos a vida na Terra como um preparo para a vida no Céu e uma antecipação dela.
Desses dois fundamentos – glorificar a Deus em todas as coisas e escolher o mais nobre e o melhor – dependem os demais princípios relacionados abaixo, para a escolha musical.

3. A música se caracteriza pela qualidade, equilíbrio, adequação e autenticidade. A música favorece nossa sensibilidade espiritual, psicológica e social, como também nosso crescimento intelectual.

4. A música apela tanto ao intelecto como às emoções, afetando o corpo de forma positiva.

5. A música revela criatividade e obtém melodia de qualidade. Se harmonizada, deve ser usada de uma forma interessante e artística, com um ritmo que a complemente.

6. A música vocal emprega versos que estimulam positivamente a capacidade intelectual como também nossas emoções e nosso poder da vontade. Os bons versos são criativos, ricos no conteúdo e bem compostos. Focalizam no positivo e refletem os valores morais; instruem e enaltecem; e estão em harmonia com a sólida teologia bíblica.

7. Os elementos musicais e literários operam juntos e em harmonia para influenciar o pensamento e o comportamento em concordância com os valores bíblicos.

8. A música mantém judicioso equilíbrio dos elementos espiritual, intelectual  e emocional.

9. Devemos reconhecer e aceitar a contribuição de culturas diferentes na adoração a Deus. As formas e instrumentos musicais variam grandemente na família mundial adventista do sétimo dia, e a música proveniente de uma cultura pode soar e parecer estranha a outra cultura.
Fazer música adventista do sétimo dia requer a escolha do melhor. Nessa tarefa, acima de tudo, nos aproximamos de nosso Criador e Senhor e O glorificamos. Cumpre-nos aceitar o desafio de ter uma visão musical diferenciada e viável, como parte de nossa mensagem profética, dando assim uma contribuição musical adventista importante e mostrando ao mundo um povo que aguarda a breve volta de Cristo.

Documento preparado pela DSA (voto 2005-116)

domingo, 19 de agosto de 2012

Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música


Deus compôs a música exatamente na estrutura de Sua criação. Lemos que, quando Ele criou todas as coisas, "as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus" (Jó 38:7). O Livro do Apocalipse retrata o Céu como um lugar de louvor incessante, com hinos de adoração a Deus e ao Cordeiro ressoando de todas as partes (Apoc. 4:9-11; 5:9-13; 7:10-12; 12:10-12; 14:1-3; 15:2-4; 19:1-8).

Visto que Deus criou os seres humanos à Sua imagem, partilhamos do amor e apreciação pela música com todos os Seus seres criados. Na verdade, a música pode nos atingir e tocar com um poder que vai além das palavras ou qualquer outro tipo de comunicação. Na sua forma mais pura e refinada, a música eleva nosso ser à presença de Deus, onde anjos e seres não caídos O adoram com cânticos.

O pecado, porém, lançou sua praga sobre a Criação. A imagem divina foi desfigurada e quase apagada. Em todos os aspectos, este mundo e as dádivas de Deus vêm a nós com uma mistura de bem e mal. A música não é moral nem espiritualmente neutra. Pode nos levar a alcançar a mais exaltada experiência humana, pode ser usada pelo príncipe do mal para degenerar e degradar, para suscitar a luxúria, paixão, desesperança, ira e ódio.

A mensageira do Senhor, Ellen G. White, nos aconselha continuamente a elevar nosso conceito a respeito da música. Ela nos diz: "A música, quando não abusiva, é uma grande bênção; mas quando usada erroneamente, é uma terrível maldição." – O Lar Adventista, pág. 408.  "Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma." – Educação, pág. 167.

Quanto ao poder da música, ela escreve: "É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração oprimido duramente e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus – as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância – e as tentações perdem o seu poder, a vida assume nova significação e novo propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas! ... Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações. ... Ao guiar-nos nosso Redentor ao limiar do Infinito, resplandecente com a glória de Deus, podemos aprender o assunto dos louvores e ações de graças do coro celestial em redor do trono; e despertando-se o eco do cântico dos anjos em nossos lares terrestres, os corações serão levados para mais perto dos cantores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota tônica de seu louvor." – Educação, pág. 168.

Como adventistas do sétimo dia, cremos e pregamos que Jesus virá novamente, em breve. Em nossa proclamação mundial da tríplice mensagem angélica, de Apocalipse 14:6-12, conclamamos a todas as pessoas a aceitarem o evangelho eterno para  louvar a Deus o Criador, e a se prepararem para encontrar o Senhor. Desafiamos a todos que escolhem o bem e não o mal a renunciar "à impiedade e às paixões mundanas, [vivermos] no presente mundo sóbria, e justa, e piamente,  aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus". (Tito 2:12, 13.)

Cremos que o evangelho exerce impacto em todas as áreas da vida. Por conseguinte, sustentamos que, por causa do vasto potencial da música para o bem ou para o mal, não podemos ser indiferentes a ela. Embora reconhecendo que o gosto, na questão da música, varia grandemente de indivíduo para indivíduo, cremos que a Bíblia e os escritos de Ellen G. White sugerem princípios que podem formar nossas escolhas.
A expressão "música sacra" é usada neste documento para se referir, normalmente, à música religiosa. Designa a música que se centraliza em Deus, em temas bíblicos e cristãos.

Na maioria dos casos, é música composta para ser utilizada nos cultos, nas reuniões de evangelismo ou na devoção pessoal, e pode ser música vocal e instrumental. No entanto, nem toda música considerada sacra ou religiosa, pode ser aceitável para um adventista do sétimo dia. A música sacra não deve evocar associações seculares ou sugerir a conformação com normas de pensamento ou comportamento da sociedade em geral.

"Música secular" é uma música composta para ambientes alheios ao serviço de culto ou de devoção pessoal e apela aos assuntos comuns da vida e das emoções básicas do ser humano. Tem sua origem no homem e é uma reação do espírito humano para a vida, para o amor e para o mundo em que Deus nos colocou. Pode elevar ou degradar moralmente o ser humano. Embora não esteja destinada a louvar a Deus, pode ter um lugar autêntico na vida do cristão. Em sua escolha devem ser seguidos os princípios apresentados neste documento.

Documento preparado pela DSA (voto 2005-116).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Orientações com Relação à Música para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul


A Igreja Adventista do Sétimo Dia surgiu em cumprimento à profecia. Foi escolhida como um instrumento divino para proclamar, a todo o mundo, as boas novas de salvação, pela fé no sacrifício de Cristo, e em obediência aos Seus mandamentos, com o objetivo de preparar um povo para o retorno de Jesus.

A vida daqueles que aceitam essa responsabilidade deve ser tão consagrada como sua própria mensagem. Esse princípio se aplica, de maneira especial, àqueles que, através da música, têm a missão de conduzir a igreja de Deus na adoração, no louvor e na evangelização, uma vez que “a música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado e enternecido e santificado”. – Ellen White, Carta 198 – 1895. 

É preciso primeiro receber para depois oferecer. É preciso ter um compromisso pessoal com a mensagem, para depois poder transmiti-la. É preciso ter um encontro pessoal com Deus, para então, reconhecer Sua santidade, desenvolvendo assim uma adequada sensibilidade musical.

Diante dessa realidade, aqueles que produzem, selecionam ou executam a música usada na igreja, necessitam de muita comunhão, sabedoria, orientação e apoio. Precisam ter a visão da grandeza do ministério que tem em suas mãos, bem como o máximo cuidado ao fazerem suas escolhas. “Não é suficiente conhecer os rudimentos do canto; porém, aliado ao conhecimento, deve haver tal ligação com o Céu que os anjos possam cantar através de nós.” – Ellen White, Manuscrito de maio de 1874.
A música é um dos maiores dons dados por Deus e, por isso mesmo, ela se constitui em um elemento indispensável no processo de crescimento cristão. “A música é um dos grandes dons que Deus concedeu ao homem, e um dos elementos mais importantes num programa espiritual. É uma avenida de comunicação com Deus, e é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais.” – Educação, pág. 167.

Ela exerce influência sobre assuntos de conseqüências eternas. Pode elevar ou degradar, e ser empregada tanto para o bem como para o mal. "Tem poder para subjugar naturezas rudes e incultas, poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia; para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço".  Ibidem.
A música é um dos elementos mais importantes em cada atividade da igreja, e por isso deve ser utilizada sempre de maneira edificante. "O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Muitas vezes se têm descerrado pelas palavras do canto sagrado, as fontes do arrependimento e da fé." – Evangelismo, pág. 500.

Buscando o crescimento da área de música, de cada músico envolvido e da igreja como um todo, é que são apresentadas as orientações a seguir. Desta maneira, tem-se um complemento aos princípios apresentados pela Associação Geral, e devem direcionar a música dentro da Igreja Adventista na América do Sul. Sua aceitação vai proporcionar sábias escolhas, o cumprimento da missão e a conquista de melhores resultados.
Tendo em vista identificar corretamente o papel da música e dos músicos adventistas, toda a atividade musical da igreja deverá ser chamada de Ministério da Música. Assim, os músicos adventistas passarão a ter uma visão clara de seu papel como ministros, e a igreja, uma visão distinta da música, seu objetivo e sua mensagem, como um ministério.

I.  O MÚSICO
1. Deve cultivar uma vida devocional à altura de um cristão autêntico, baseada na prática regular da oração e da leitura da Bíblia.
2. Precisa, por meio de sua música, expressar seu encontro pessoal com Cristo.
3. Trata a música, em conseqüência, como uma oração ou um sermão, preparando-se espiritualmente para cada apresentação. (Ver Evangelismo, pág. 508.)
4. Deve representar corretamente, em sua vida, os princípios da igreja e refletir a mensagem das músicas que apresenta, edita ou compõe.
5. Deve estar em harmonia com as normas da igreja, vivendo os princípios de mordomia cristã e sendo membro ativo de uma igreja local.
6. Precisa aplicar a arte, em todas as suas atividades, como um ministério. Não destaca sua imagem pessoal, mas sim a mensagem a ser transmitida.
7. Cuida de sua aparência pessoal, para que reflita o padrão de modéstia e decência apresentado pela Bíblia.
8. Canta com entoação clara, pronúncia correta e perfeita enunciação. (Ver Obreiros Evangélicos, pág. 357.)
9. Evita tudo o que possa tirar a atenção da mensagem da música, como gesticulação excessiva e extravagante e orgulho na apresentação. (Ver Evangelismo, pág. 501.
10. Evita, em suas apresentações, a amplificação exagerada, tanto vocal como instrumental.
11. Evita o uso de tonalidades estridentes, distorções vocais ou instrumentais, bem como o estilo dos cantores populares.
12. Respeita o ambiente da igreja e as horas do sábado ao vender seus materiais.
13. Deve receber orientação e apoio espiritual da liderança do Ministério da Música, líderes da igreja e do pastor local.

II.  A MÚSICA

1. Glorifica a Deus e ajuda os ouvintes a adorá-Lo de maneira aceitável.
2. Deve ser compatível com a mensagem, mantendo o equilíbrio entre ritmo, melodia e harmonia (I Crô. 25:1, 6 e 7). 
3. Deve harmonizar letra e melodia, sem combinar o sagrado com o profano.
4. Não segue tendências que abram a mente para pensamentos impuros, que levem a comportamentos pecaminosos ou que destruam a apreciação pelo que é santo e puro. "A música profana ou a que seja de natureza duvidosa ou questionável, nunca dever ser introduzida em nossos cultos". – Manual da Igreja, pág. 72.
5. Não se deixa guiar apenas pelo gosto e experiência pessoal. Os hábitos e a cultura não são guias suficientes na escolha da música. "Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos que eram de todo inadequados ao culto da casa do Senhor. As notas longamente puxadas e os sons peculiares, comuns no canto de óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cantos de louvor entoados em tom natural". – Ellen White, Manuscrito 91.
6. Não deve ser rebaixada a fim de obter conversões, mas deve elevar o pecador a Deus. (Ver Evangelismo, pág. 137.) Ellen White diz que "haveriam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça ... gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo". – Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 36.
7. Provoca uma reação positiva e saudável naqueles que a ouvem.

III.  A LETRA

1. Deve ser de fácil compreensão e estar em harmonia com os ensinamentos da Bíblia.
2. Deve ter valor literário e teológico consistente. Não usa letras levianas, vagas e sentimentais, que apelem somente às emoções.
3. Não é superada pelos arranjos ou instrumentos de acompanhamento.
4. Mantém o equilíbrio entre hinos dirigidos a Deus e cânticos que contêm petições, apelos, ensinos, testemunhos, admoestações e encorajamento (Col. 3:16; Efés. 5:19).
5. Deve evitar ser apresentada em outra língua, que não a nativa, para que possa ser compreendida e os ouvintes, edificados.

IV.  O LOUVOR CONGREGACIONAL 

1. Deve ser mais valorizado, pois através dele toda a igreja é envolvida. “Nem sempre o canto deve ser feito por apenas alguns. Tanto quanto possível, permita-se que toda a congregação participe.” – Testimonies, vol. 9, pág. 144. Os momentos de louvor congregacional:
a. Envolvem a participação de todos no culto.
b. Harmonizam o coração do homem com Deus.
c. Exercem uma influência unificadora do povo de Deus em um só pensamento.
d. Dão oportunidade para expressar as emoções e sentimentos pessoais.
e. Fortalecem o caráter.
f.  Tem grande valor educacional.
g. Destacam um bom princípio de mordomia, desenvolvendo um talento dado por Deus.
h. Dirigem o ouvinte a Cristo.
2. Não deve ser utilizado para preencher espaços vagos, ou imprevistos. Deve estar inserido dentro de qualquer culto ou programa, em momento nobre, valorizando sua importância.
3. Não deve ser realizado de maneira fria, automática ou despreparada. Os hinos a serem cantados e a mensagem a ser exposta devem ter ligação entre si, fruto do planejamento e da cuidadosa organização entre os líderes e o Ministério da Música. (Ver Testemunhos Seletos, vol.1, pág. 457.
4. Sempre que possível, o ministro do louvor deve ocupar um lugar à plataforma, como um dos participantes no culto de adoração.
5. Devem ser estimulados grupos musicais que envolvam uma boa quantidade de pessoas. “Raras vezes deve o cântico ser entoado por uns poucos.” – Conselhos Sobre Saúde, pág. 481.
6. Deve haver um cuidado especial para não utilizar músicas que apenas  agradem os sentidos, tenham ligação com o carismatismo, ou tenham predominância de ritmo.

V.  OS INSTRUMENTOS


1. Os instrumentistas da igreja devem sempre ser estimulados a participar dos cultos de adoração, com instrumental ao vivo. Ellen White recomenda que o canto "seja acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra”. – Testimonies, vol. 9, pág. 143.
2. Deve haver muito cuidado ao serem usados instrumentos associados com a música popular e folclórica ou que necessitem de exagerada amplificação. Quando mal utilizados, concorrem para o enfraquecimento da mensagem da música.
3. O uso de play-backs deve ser uma alternativa para momentos especiais. Devem ser utilizados de modo equilibrado, sempre em apoio ao canto congregacional.
4. O instrumental deve ocupar seu papel de acompanhamento, dando prioridade à mensagem. “A voz humana que entoa a música de Deus vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas.” – Evangelismo, pág. 506.
5. Deve ser priorizada por orquestras, bandas e outros grupos instrumentais a apresentação de músicas que estejam dentro das recomendações da igreja e que edifiquem seus ouvintes.

VI.  AS PRODUÇÕES MUSICAIS 

1. As produções musicais adventistas devem se caracterizar pelo destaque dado à nossa mensagem distintiva.
2. Compositores, arranjadores, produtores e arregimentadores devem priorizar, valorizar e trabalhar com músicos que estejam comprometidos com os princípios musicais da igreja.
3. As produções musicais das instituições adventistas devem ser paradigmas dos valores musicais da igreja.
4. Atenção e cuidado especial devem ser dados às produções vendidas nas lojas de propriedade da igreja, para que reflitam nossos valores musicais.
5. As músicas apresentadas nas rádios e TVs de propriedade da igreja devem refletir, também, nossos valores musicais. Elas possuem influência destacada, formam a cultura musical da igreja e se tornam uma referência musical da igreja para os ouvintes e telespectadores.

VII.  A EDUCAÇÃO MUSICAL

1. Deve ser considerada a possibilidade de apoiar as crianças em seu treinamento musical a fim de preparar futuros músicos que possam servir à igreja.  Este apoio poderá ser dado através de professores de música da própria igreja ou patrocinar aulas de música para algum interessado.
2. A música deve ser valorizada e bem trabalhada nos lares cristãos. A instrução e a formação de um saudável gosto musical devem começar cedo na vida das crianças. Os pais precisam conversar com os filhos, orientá-los e ser um modelo positivo para eles, escolhendo com sabedoria a música que será utilizada em casa.
3. A Educação Adventista deve estimular os alunos no aprendizado de instrumentos musicais, leitura de partituras e cântico vocal em corais ou grupos.
4. As apresentações musicais em todas as instituições educacionais adventistas do sétimo dia devem estar em harmonia com as diretrizes da igreja. Isso se aplica aos talentos locais como também a artistas e grupos visitantes. O mesmo se aplica para o uso da mídia de entretenimento (filmes e outros) patrocinada oficialmente pela instituição.

VIII.  A ADMINISTRAÇÃO DA MÚSICA NA IGREJA
1. Cada igreja deve ter sua comissão de música devidamente organizada e mantendo reuniões regulares. A administração do Ministério da Música não deve estar nas mãos de apenas uma pessoa.
2. Devem ser realizadas palestras, sermões, seminários ou festivais de louvor envolvendo cantores ou grupos e fortalecendo o envolvimento com a igreja e seus princípios musicais.
3. A liderança da igreja deve encorajar os membros a desenvolverem seus talentos musicais, estabelecendo um coral, quarteto, grupo musical, orquestra ou fortalecendo um talento individual.
4. A igreja deve, dentro do possível, procurar adquirir algum instrumento musical próprio para fortalecer o louvor e a formação musical.
5. A direção do Ministério da Música deve organizar e providenciar música especial e um responsável pelo louvor congregacional para todos os cultos da igreja.
6. A saída ou recebimento de grupos musicais ou cantores deve ser acompanhada de uma recomendação oficial da igreja da qual são membros. Essa atitude valoriza os bons músicos e traz segurança à igreja.
7. A música não deve ser motivo de discussões ou atitudes radicais. A busca pelo padrão divino deve ser guiada pelo amor e oração e não pela imposição.

IX.  A MÚSICA NO EVANGELISMO

1. Sempre que possível, uma apresentação musical deve conter uma mensagem bíblica, um apelo ou o oferecimento de um curso bíblico àqueles que ainda não sejam batizados, buscando levá-los a Jesus.
2. Grupos musicais e cantores devem buscar maneiras de atuar diretamente, e de forma sistemática, nas campanhas missionárias e evangelísticas da igreja, ou desenvolver seus próprios projetos para cumprir a missão.

X.  A MÚSICA NO CULTO

1. A música deve ocupar um lugar tão especial quanto a oração e a mensagem da Bíblia, dentro do culto e da adoração a Deus. Ela é um sacrifício de louvor, um meio de promover o crescimento espiritual, de glorificar a Deus e dirigir o ouvinte a Ele.
2. A música especial ou o louvor congregacional deve estar em harmonia com a mensagem bíblica que será apresentada. Isso fortalece o seu impacto.
3. A música para o culto deve ter beleza, emoção e poder. (Ver Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457.)
4. A música deve ser escolhida de maneira específica para cada ambiente, programa ou culto da igreja. "Os que fazem do cântico uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres e, todavia, solenes." – Evangelismo, pág. 508.

XI.  A EQUIPE DE ÁUDIO E VÍDEO

1. Deve trabalhar em parceria com o Ministério de Música no planejamento e organização do programa musical da igreja.
2. Mantém os princípios apresentados neste documento, especialmente no que diz respeito ao uso de materiais sonoros e visuais na adoração, louvor e liturgia.
3. Oferece apoio técnico aos cantores, músicos, grupos vocais e instrumentais, antes e durante as apresentações, visando à boa qualidade na adoração e louvor.

XII.  MÚSICAS SECULARES 

1. Os princípios de escolha musical devem servir tanto para a música “sacra” quanto para a “secular”. Em momento algum deixamos de ser filhos e filhas de Deus que buscam glorificá-Lo em todas as coisas. Escolhemos sempre e apenas o melhor. 
2. A escolha da música “secular” deve ser caracterizada por um equilíbrio saudável nos elementos do ritmo, melodia e harmonia com uma letra que expresse ideais de alto valor.
3. Em programas especiais, dentro da igreja, tais como: cerimônias de casamento, cultos de ação de graças, seminários e outros, deve haver cuidado especial na escolha das músicas.

CONCLUSÕES

Vivemos um momento difícil em que cada vez mais as pessoas e as sociedades expressam sentimentos religiosos sem uma clara orientação cristã e bíblica. A música tornou-se uma questão fundamental que requer discernimento e decisão espirituais. Consequentemente, devemos fazer estas importantes perguntas enquanto buscamos fazer boas escolhas musicais:

1. A música que estamos ouvindo ou apresentando tem consistência moral e teológica tanto na letra como na melodia?
2. Qual a intenção que está por trás da música? Ela transmite uma mensagem positiva ou negativa? Glorifica a Deus (I Cor.10:31) e oferece o que é mais nobre e melhor (Filip. 4:8)? 
3. O propósito da música está sendo transmitido com eficácia? O músico está promovendo uma atmosfera de reverência? A letra e a música dizem a mesma coisa?
4. Estamos buscando a orientação do Espírito Santo na escolha da música religiosa e secular?

O conselho de Paulo é claro: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” (I Cor.14:15). Não há dúvida de que a música é uma expressão artística, que toca os sentimentos. Isto nos leva a avaliar, escolher e produzir a música de maneira racional, tendo em vista o seu poder, e buscando cumprir o propósito de Deus para a edificação da igreja e a salvação do mundo.

Não podemos esquecer que “A música é de origem celestial. Há grande poder na música. Foi a música dos anjos que fez vibrar o coração dos pastores nas planícies de Belém e envolveu o mundo todo. É através da música que os nossos louvores se erguem Àquele que é a personificação da pureza e harmonia. É com música e cânticos de vitória que os redimidos finalmente tomarão posse da recompensa imortal.” –  Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 335.

Documento preparado pela DSA (voto 2005- 116).

Fonte: http://www.ja.org.br/musica/orientacoes.html


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Restaurando Relacionamentos



           Frequentemente situações tensas ocorrem na igreja, a maioria das vezes a tensão ocorre por conta de um desentendimento entre os membros. Apesar de não ser o ideal para uma comunidade de santos, os desentendimentos entre os irmãos é relativamente normal, visto que a igreja é constituída pessoas pensantes que possuem opiniões e ideias diferentes uma das outras. O grande problema nos casos de discórdia entre a membresia está no fato de que nesses casos, as reações das pessoas não condizem com os ensinamentos bíblicos, o que acarreta grandes prejuízos para a comunidade cristã.

           Com o intuito de informar aos cristãos acerca da vontade de Deus sobre o procedimento de cada crente quando vivenciar uma situação de tensão, esse material apresenta o ensino de Cristo sobre o assunto e as orientações fornecidas pelo dom profético através de Ellen White.

            ENSINO DE CRISTO: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18:15-18).
  
           ELLEN WHITE: “Ao tratar com membros que cometem falhas, o povo de Deus deve seguir estritamente as instruções dadas pelo Salvador no décimo oitavo capítulo de Mateus. ... Os seres humanos são propriedades de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão vinculados a Ele por amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos por isso exercer em nosso relacionamento! O homem não tem o direito de suspeitar mal do seu semelhante. Os membros da igreja não tem o direito de seguir os próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram falhas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a elas, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal... Se teu irmão pecar contra ti, disse Cristo, “vai e repreende-o entri ti e ele só” (Mt 18:15). Não se deve contar a outros o caso de um irmão. Confia-se o caso a uma pessoa, a outra, a outra e mais outra; e o mal continua crescendo até que toda a igreja venho sofrer. O correto é resolver o caso “entre ti e ele só”. Esse é o plano divino” (Testemunhos Para a Igreja, v.7, p.260).

        “Seja qual for à natureza da ofensa, ela não impede que se adote o mesmo plano divino para dirimir mal-entendidos e ofensas. Falar a sós e no espírito de Cristo com a pessoa que praticou a falta bastará, geralmente, para remover a dificuldade. Portanto, deve-se conversar com a pessoas que cometeu a falta e, com o coração cheio de amor e da simpatia de Cristo, buscar com ela reconciliação. Arrazoar com ela com calma e mansidão. Não se exprimir em termos violentos. Falar-lhe em tom que apele para o bom senso, lembrando as palavras: ‘Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados’ (Tg 5:20)” (Testemunhos Para a Igreja, v.7, p.261).

ALGUMAS LIÇÕES:

  • ·  Antes de falar com o Pastor ou qualquer outra pessoa sobre um irmão que cometeu alguma falha siga as orientações de Cristo em Mateus 18.



  • ·  Ao falar com o irmão, fale com equilíbrio, mansidão e amor peculiar de um verdadeiro seguidor de Cristo.



  • · Só leve o caso para a Comissão da Igreja depois de seguir os passos de Mateus 18. Se levar esteja provido de legítimas provas que atestam a veracidade dos fatos.



  • · Ao fazer qualquer denuncia esteja pronto a assumir a autoria da mesma.



  • ·  A despeito da natureza da ofensa, todas as atitudes realizadas devem objetivar a reconciliação.



  • · Não suspeite mal do seu irmão. Aceite a justificativa que o ofensor apresentar, sempre parta do pressuposto de que o cristão fala a verdade e por isso só a palavra é o suficiente.



  •   Saiba que as orientações acima constituem a vontade de Deus e por isso devem ser obedecidas irrestritamente.

                                                                                                                              Pr. Oberdan Rocha